Não é fácil de perceber à primeira vista, mas repare bem no vídeo. Veja o leve afundamento da superfície, próximo às pontas dos dedos…

Conhecido nas obras como “concreto borrachudo”, corresponde a uma patologia caracterizada pelo enrijecimento prematuro da camada superficial do concreto, sendo que as inferiores ainda não apresentam a mesma rigidez ou resistência.

Isso provoca deformações na superfície com a entrada das acabadoras mecânicas. É um mal comportamento que pode ser gerado por diversos fatores, tais como superdosagem de aditivos químicos, má homogeneização do concreto e, principalmente, pela exposição da superfície às intempéries durante a execução – forte incidência de ventos e picos de temperatura, por exemplo.

Tais fatores acabam por gerar uma “secagem” diferencial e avançada na superfície do concreto, enquanto o material abaixo segue em estado plástico.

Isso gera uma grande dificuldade operacional, uma vez que a superfície necessita do início do desempeno mecânico (acabadoras), mas não desenvolve capacidade de suportar a carga desses equipamentos, gerando ondulações relevantes, que podem ser perpetuadas.

De outro lado, se a decisão for aguardar que o concreto suporte o peso do equipamento e do operador, não haverá potencial para ascensão de argamassa à superfície, obrigando a aspersão excessiva de água no momento do desempeno, diminuindo drasticamente a resistência à abrasão dessa superfície, ao final do processo.

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