Para obter um piso de sucesso, há alguns pontos que precisam ser seguidos: em primeiro lugar, a construtora deve ter em mãos um bom projeto, de fácil leitura, que defina detalhe por detalhe todos os pontos críticos, evitando dúvidas no momento das concretagens.
Outros três itens muito importante e que devem ser respeitados antes de iniciar a execução, independente se o piso for interno ou externo, é a reunião técnica, o desenvolvimento do traço de concreto em laboratório, com a presença do projetista, consultor e também a execução da placa teste.
Neste post, iremos tratar da reunião técnica. A sua função é esclarecer dúvidas de todos os participantes da obra que estarão ligados diretamente ou indiretamente com a execução do piso. Nesta reunião é de grande importância a participação das seguintes empresas:
- Projetista
- Consultor
- Construtora ou até mesmo o cliente final
- Executora do piso
- Concreteira
- Laboratório de controle tecnológico
- Empresa de terraplenagem, caso ainda haja trabalhos a serem executados
- Executor da cobertura, caso ainda não esteja concluída
O projetista deverá esclarecer as dúvidas do projeto, ressaltando os pontos mais importantes, notadamente aqueles que fogem do padrão normalmente seguido, por exemplo uma junta T, um reforço específico, por exemplo no local de apoio das paredes, etc.
O consultor, muitas vezes função assumida pelo próprio projetista, deve esclarecer questões relativas ao concreto, suas preocupações com as condições climáticas, dando informações e sugestões do que fazer quando há mudanças substanciais das condições climáticas, esclarecer as preocupações com os tempos de pega do concreto a fim de possibilitar o bom acabamento, problemas de juntas frias (que será tratado em post posterior) e outros fatores importantes do concreto.
A construtora deverá esclarecer suas necessidades de cronograma e esclarecer se haverão interferências de outras disciplinas no piso e como deverão ser contornadas, contando com auxilio do projetista do piso para atingir esses objetivos.
A executora deverá apresentar sua sistemática de trabalho, indicando principalmente o fluxo de entrega do concreto a fim de garantir a continuidade executiva sem que haja acúmulo de caminhões betoneiras na obra. Deverá informar também suas necessidades relativas a energia, água, iluminação etc.
A concreteira deverá informar quantos caminhões irá disponibilizar na obra e quais as providências a serem tomadas para o atendimento do fluxo de concreto necessário e fornecer a carta-traço do concreto, que atenda às especificações de projeto. Também deverá compartilhar as dificuldades da inclusão de materiais adicionais, como a fibras e forma de controle do processo de dosagem.
O laboratório de controle tecnológico deverá estar ciente do controle a ser executado, informando o número de corpos de prova a serem moldados, seu armazenamento provisório e datas de ensaios, cabendo a ele também o controle de adição de água e aditivos adicionados no canteiro.
A empresa de terraplenagem deverá estar ciente de que trabalhos complementares podem vir a prejudicar a integridade do piso recém lançado, estando ciente das limitações do uso de equipamentos vibratórios.
A empresa de cobertura, caso esta ainda não esteja concluída, deverá informar seu cronograma executivo e, se possível, adaptá-la ao cronograma de execução do piso.
Uma vez seguidos esses procedimentos, poderemos garantir que a qualidade do piso será facilmente atingida com a obtenção de um piso de sucesso!
Jatir de Oliveira Filho / Públio P. F. Rodrigues